No nordeste do Brasil, mais especificamente na Paraíba, a leste da capital pessoense, num litoral belíssimo debruça-se sobre o Atlântico a praia de Tambaú, aonde, vizinho ao hotel do mesmo nome, até hoje existe uma cooperativa de pescadores artesanais, com suas jangadas e barcos feitos de madeira e calafeto, que destoam das embarcações modernas de fibra de vidro e alumínio. Ao oeste de João Pessoa, apresenta-se pontualmente até hoje, um por do sol deslumbrante na praia de Jacaré, as margens do estuário do rio Sanhauá que desemboca no Atlântico passando ao largo do porto de Cabedelo. Nestas águas calmas do rio está instalado um píer onde ancoram iates e veleiros particulares.
Encontramos alguns contrastes nestas praias e embarcações: de um lado em Tambaú os barcos rústicos de pesca, que trazem o pescado do alto mar, mas, também promovem passeios para os forasteiros que peregrinam no litoral leste. Não há restrição alguma das tripulações de pescadores, nem dos passageiros que se servem das jangadas. Todos pescam e se divertem juntos no mar. De outro lado, em Jacaré, no ancoradouro do Iate Clube, nos iates e veleiros luxuosos só entram além dos donos, alguns familiares e amigos chegados. Não há pescaria, pois o peixe já esta no freezer. É uma festa particular regada a muita comida e bebida, que não permite “penetras”.
Para entrar na sua igreja o Senhor Jesus elegeu homens de mulheres ricos e pobres, de todas as línguas, raças e nações para servirem como “pescadores de homens”. O “barco” não é nosso, nem a “rede”, e nem o “pescado”. Tudo foi feito por Ele, e para o seu louvor. Nos dias de hoje temos muitas igrejas que são verdadeiros “iates”, onde também não se permite “penetras”. Poucas igrejas são “barcos de pescadores de homens”, e dentre estas encontramos a IPB, que tem igrejas e institutos missionários como a JMN - Junta de Missões Nacionais, APMT - Agencia Presbiteriana de Missões Transculturais, e conselhos missionários que continuadamente preparam e sustentam “pescadores de homens” para a glória de Deus.
Continuemos, pois, preservando os nossos “barcos de pesca”.
Carlos Roberto Mendes Soares
Pastor
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